Caminhos da vida, Maturidade e a Troca nos relacionamentos: uma reflexão com o Tarô.
- Mariana Steiner
- 20 de abr.
- 2 min de leitura
Como o Tarô pode nos ajudar a entender a forma que nos relacionamos ao longo do tempo

"Enquanto as pessoas são ainda mais ou menos jovens e a partitura de suas vidas está somente nos primeiros compassos, elas podem compô-la juntas… mas, quando se encontram numa idade mais madura, suas partituras estão mais ou menos terminadas, e cada palavra, cada objeto, significa algo diferente na partitura de cada um."
Esse trecho do livro A Insustentável Leveza do Ser de Milan Kundera, me fez pensar no quanto pode ser mais difícil se relacionar à medida que a gente envelhece. Quando somos mais jovens, temos mais abertura para conversar, experimentar coisas novas e nos adaptar ao outro. Estamos ainda “escrevendo nossa história”, e por isso é mais fácil combinar com a história de outra pessoa.
Mas, com o passar dos anos, a gente vai formando nossas próprias ideias. Ficamos mais seguros do que pensamos, mais acostumados com nossos jeitos. Isso pode fazer com que seja mais difícil ouvir o outro com o mesmo interesse ou flexibilidade de antes.
O 2 de Copas e a troca verdadeira

No tarô, o 2 de Copas fala sobre trocas afetivas verdadeiras. Representa aquele encontro onde há escuta, entrega e vontade de se conectar. Mas, pra isso acontecer, é preciso que a gente esteja realmente aberto a ouvir e ser ouvido.
Às vezes, sem perceber, vamos ficando mais fechados. Cada um está tão cheio da própria história que escutar o outro se torna um desafio. E aí, mesmo querendo se conectar, parece que falta espaço para que isso aconteça de verdade.
O Louco e o Hierofante: dois jeitos de viver

Quando somos mais novos, costumamos viver como o Louco: topando o novo, aceitando os riscos e vivendo com leveza. Temos mais coragem de errar e mais vontade de descobrir.
Com o tempo, nos aproximamos do Hierofante: criamos regras internas baseadas no que já vivemos. Passamos a ter nossas próprias verdades, que nos ajudam a seguir em frente, mas que também podem nos limitar.
Isso não é errado. É natural que a vida nos ensine e que a gente crie estruturas. Mas o desafio é não se fechar completamente. É continuar escutando e buscando o meio do caminho entre a nossa visão e a do outro.
O que a vida vai ensinando
Essa reflexão não é sobre escolher entre o Louco ou o Hierofante. Mas sim sobre encontrar equilíbrio: manter a estrutura que nos dá segurança, sem perder a leveza que permite uma boa troca.
Mesmo com tudo o que já vivemos, ainda dá para abrir espaço para o novo. Ainda dá para se interessar de verdade pelo outro, com respeito e curiosidade.
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