Cartas do Tarô que falam sobre esperança e reconstrução
- Mariana Steiner
- há 12 minutos
- 3 min de leitura
Como o Tarô representa movimentos internos e externos após períodos de crise.

Momentos de crise costumam exigir mais do que força externa para seguir em frente.
Na maioria das vezes, é necessário um movimento interno, que nos sustenta emocionalmente, e um movimento externo, que permite reorganizar a vida.
Esses dois movimentos podem ser entendidos como esperança e reconstrução.
No Tarô, duas cartas costumam representar esse processo de forma clara: A Torre e A Estrela.
Essas cartas não falam apenas de acontecimentos difíceis ou de superação, mas de como atravessamos períodos de ruptura e recomeço.
A Torre no Tarô: quando algo precisa ruir
A Torre é uma carta associada a quedas, rupturas e mudanças abruptas.
Ela simboliza o colapso de estruturas que já não tinham base sólida para se sustentar.
No contexto simbólico, a Torre representa momentos em que não é mais possível manter o mesmo padrão de vida, pensamento ou forma de se relacionar.
Algo precisa cair para que uma nova construção seja possível.
Por isso, essa carta aparece com frequência em leituras que envolvem crises, aquelas que pedem uma reorganização mais ampla, e não apenas ajustes pontuais.
A Estrela no Tarô: esperança como sustentação interna
Após a queda, surge a Estrela.
Essa carta fala de esperança, confiança e reconexão com aquilo que ainda faz sentido, mesmo depois de uma crise.
A Estrela não apaga o que aconteceu, nem reconstrói automaticamente o que foi perdido.
Ela oferece algo essencial: a disposição interna para continuar, mesmo quando o caminho ainda não está claro.
No Tarô, esperança não é ingenuidade, é o que permite atravessar períodos difíceis sem perder o eixo interno.
A ordem das cartas: crise antes da esperança
Na sequência dos Arcanos Maiores, a Torre vem antes da Estrela.
Dentro da chamada jornada do herói, isso indica que, após uma grande ruptura, surge a necessidade de reencontrar esperança.
Essa leitura é bastante comum: primeiro a crise, depois a reconstrução emocional.
A Estrela aparece como um momento de respiro após o impacto.
A esperança também pode vir antes da reconstrução
Mas essa ordem não precisa ser rígida.
Em muitos processos, é justamente a esperança que permite à pessoa começar a reconstruir.
Acreditar que algo pode ser diferente, confiar que existe um caminho possível ou manter um sentido interno é, muitas vezes, o que sustenta o recomeço.
Nesse caso, a Estrela surge não como consequência da crise, mas como base para atravessá-la.
Sem esse movimento interno, a reconstrução externa tende a se tornar pesada ou vazia.
Torre e Estrela: cartas complementares
A Torre e a Estrela não representam opostos.
Elas mostram partes diferentes de um mesmo processo: o que precisa cair e o que sustenta o próximo passo.
Às vezes, a crise vem primeiro.
Em outras, a esperança precisa existir antes mesmo que a reconstrução comece.
O Tarô não impõe uma única leitura.
Ele nos convida à observação do processo e do momento vivido por cada pessoa.
Quando Torre e Estrela aparecem juntas na leitura
Quando essas duas cartas surgem na mesma tiragem, algumas reflexões podem ajudar:
O que já não se sustenta mais na sua vida?
Onde ainda existe esperança, mesmo em meio à crise?
O que pode ser reconstruído a partir de bases mais verdadeiras?
Mais do que prever acontecimentos, o Tarô oferece clareza sobre como atravessar fases difíceis com mais consciência.
A Torre ensina que algumas quedas são inevitáveis.
A Estrela lembra que, mesmo após (ou durante) essas quedas, é possível manter esperança.
Reconstrução não acontece sem ruptura.
E esperança não é fuga da realidade, é o que permite seguir em frente enquanto o caminho ainda está sendo reorganizado.
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