O Lado Desafiador da Justiça no Tarô
- Mariana Steiner
- 28 de mai.
- 2 min de leitura
Rigor, julgamento e a dificuldade de lidar com a verdade no tarô
A carta da Justiça no tarô costuma ser associada a equilíbrio, retidão, clareza e merecimento. Ela fala da colheita dos nossos atos, da busca pela verdade e da responsabilidade diante das escolhas. Mas, como toda carta, também tem seu lado desafiador — e ele nem sempre é fácil de encarar.

Em seu aspecto mais tenso, a Justiça pode representar excesso de rigidez, julgamentos duros e a dificuldade de enxergar nuances. É quando buscamos a verdade como se ela fosse absoluta, ignorando os contextos, os afetos e os processos subjetivos.
O peso da cobrança
Quando essa carta aparece em seu lado sombra, pode indicar um momento em que estamos sendo duros demais com os outros — ou conosco. A autocobrança pode estar excessiva, a crítica aguçada, o olhar muito exigente. Em vez de promover equilíbrio, esse rigor pode gerar paralisação, medo de errar ou uma sensação de que nunca é o bastante.
A Justiça em seu lado desafiador, também pode apontar para a dificuldade de perdoar, de flexibilizar padrões, de acolher a imperfeição. Ela fala de regras, sim — mas quando essas regras se tornam muros, perdemos a possibilidade de diálogo.
Uma verdade que exclui
Outro ponto delicado dessa carta é quando buscamos “a verdade” como se ela fosse única, imutável. Isso pode gerar conflitos nas relações e até uma certa solidão. A Justiça, em sua sombra, pode se tornar uma figura isolada, que observa de cima, sem conseguir se abrir para a complexidade da vida real.
Nem sempre agir com justiça significa ter todas as respostas. Às vezes, é preciso reconhecer que mesmo as situações mais claras têm mais de um lado.
Corrupção e distorção do senso de justiça
Em contextos mais extremos, o lado sombrio da Justiça pode apontar para corrupção, manipulação de regras e uso do discurso da moralidade para justificar interesses próprios. Aqui, o símbolo da balança se desequilibra: há uma aparência de retidão, mas por trás pode haver intenções ocultas, favorecimentos e julgamentos parciais.
Essa carta, quando mal aspectada, pode ser um alerta para situações em que a justiça está sendo usada como máscara — ou quando estamos confiando demais em sistemas e pessoas que, na prática, não são justos.
Reflita: você está buscando equilíbrio ou controle?
O desafio aqui é perceber se o desejo de justiça está vindo acompanhado de escuta, sensibilidade e abertura — ou se virou uma forma de se proteger da incerteza.
Quando essa carta surge como um alerta, pode ser um convite a repensar o quanto estamos nos apoiando em regras fixas para evitar encarar sentimentos mais humanos: frustração, insegurança, dúvida, medo de errar.
Reflita: o quanto da sua “justiça” está aberta ao diálogo?
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