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O Mito da Caverna e o lado sombrio da carta O Diabo no Tarô

Um paralelo entre as ilusões que nos aprisionam e o chamado do Tarô à consciência


No tarô, a carta O Diabo costuma trazer desconforto. Ela fala de aprisionamentos, ilusões e da dificuldade de enxergar com clareza aquilo que nos domina por dentro. E isso me fez lembrar do famoso Mito da Caverna, de Platão.


Imagem ilustrando o Mito da Caverna de Platão junto com a carta do Diabo no Tarô
O Mito da Caverna e o Diabo no Tarô

No mito, pessoas vivem acorrentadas dentro de uma caverna, desde o nascimento. Elas só veem as sombras projetadas na parede — figuras que acreditam ser a realidade. Mas essas sombras não são a verdade: são apenas reflexos, ilusões criadas pela luz de uma fogueira. E, como nunca viram nada diferente, passam a crer que aquilo é tudo o que existe.


Assim como no mito, a carta O Diabo no Tarô representa essas correntes invisíveis: crenças, medos, dependências, repetições inconscientes. Situações que nos dominam, mas que aprendemos a normalizar. Ficamos ali, olhando para as sombras, achando que aquilo é a vida.


O conforto do conhecido


Sair da caverna é desconfortável. No mito, quando um dos prisioneiros se solta e vai para fora, é ofuscado pela luz do sol. Não entende o que está vendo, não sabe como lidar com a verdade. Mas, aos poucos, seus olhos se acostumam. Ele vê o mundo real e, descobre que a vida era muito mais do que as sombras na parede.


Quando volta para contar aos outros o que viu, eles não acreditam. Acham que ele está louco. Alguns ficam com raiva. E, se pudessem, o matariam por tentar destruir a "realidade" deles.


O Diabo, em seu lado sombrio, mostra esse mesmo lugar de resistência. É o medo de abrir mão do que nos aprisiona, porque aquilo também traz conforto. É o apego àquilo que já conhecemos, mesmo que nos limite. Muitas vezes, lutar pela verdade que acreditamos parece mais fácil do que encarar a liberdade.


Ver as correntes é o primeiro passo


A carta O Diabo não vem para te condenar. Ela vem para mostrar que as correntes estão ali.


E, quando conseguimos enxergar isso, podemos começar a escolher diferente.

A saída da caverna exige coragem. Exige atravessar a dor de ver que nem tudo é o que parece. Mas é também o caminho da consciência e da liberdade interna.


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