O que fazer quando não entendo a carta do tarô que saiu?
- Mariana Steiner
- 23 de out.
- 2 min de leitura
Aprenda como lidar com bloqueios na interpretação do Tarô e transformar a dúvida em parte do aprendizado.
Mesmo quem estuda Tarô há anos já passou por isso: tirar uma carta e não conseguir entender o que ela quer dizer.
Esse momento é mais comum do que parece — e não significa que o leitor “errou” ou que a carta não faz sentido.
Na verdade, esses bloqueios fazem parte do processo de aprendizado e podem mostrar justamente o que ainda precisa ser observado com mais calma.
1. Respire e não force a interpretação
Quando uma carta parece confusa, o primeiro passo é não forçar um significado.
Nem sempre a resposta se revela de imediato. Às vezes, é preciso dar espaço para a intuição amadurecer.
Forçar uma leitura pode levar a conclusões precipitadas e distantes da mensagem real.
Confie que o entendimento vem no momento certo — o Tarô também ensina paciência.
2. Observe o contexto da tiragem
Uma carta nunca fala sozinha.
Olhe para as outras cartas do jogo e para a pergunta feita.
Pergunte-se: essa carta pode estar mostrando uma nuance, um ponto cego, um aviso ou apenas um estado emocional do consulente?
Muitas vezes, o sentido surge quando você vê como ela se relaciona com o todo.
Exemplo: se o 3 de Espadas aparece em uma tiragem sobre reconciliação, pode sinalizar feridas ainda abertas. Mas, se surgir em uma leitura sobre autoconhecimento, pode estar mostrando a necessidade de lidar com padrões antigos.
3. Recorra à imagem, não só à memória
Em vez de tentar lembrar “o significado decorado”, olhe para o desenho da carta.
O que você vê ali? Qual sensação ela desperta?
A imagem foi feita para comunicar de forma simbólica — e, muitas vezes, ela fala mais do que o texto de um livro.
Esse olhar direto ajuda a criar uma relação viva com o baralho.
4. Anote suas percepções
Registrar o que você sentiu, pensou ou intuiu naquele momento é uma ótima maneira de acompanhar o amadurecimento da leitura.
Depois de alguns dias, volte à anotação: você pode descobrir que o sentido estava ali o tempo todo, só não era claro ainda.
Essas experiências constroem sua confiança com o baralho.
5. Aceite que algumas cartas se revelam com o tempo
Nem toda leitura se explica imediatamente — e tudo bem.
O Tarô também trabalha com processos em andamento.
Há tiragens que só fazem sentido depois de um acontecimento, uma conversa ou um insight.
Confiar nesse tempo é parte essencial de desenvolver sensibilidade simbólica.
Não entender uma carta não é um erro, é um convite à observação.
O Tarô fala através de camadas, e algumas delas precisam de tempo para se mostrar.
Quanto mais você pratica com calma, anota e observa os desdobramentos, mais as cartas deixam de ser enigma e passam a ser espelho.
No fim, compreender o Tarô não é decorar significados — é aprender a escutar.
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